Vacina inédita contra o HIV começa a ser testada no BRASIL

Fonte: ICTQ

Foto: Freepik

O Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids de São Paulo, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), deu início aos testes da primeira vacina para prevenção da infecção pelo vírus HIV, responsável por causar, na ausência de tratamento, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

Nos testes, o estudo irá utilizar como vetor da vacina o ‘Adenovírus 26’, um vírus inofensivo aos seres humanos. Os voluntários precisam tomar quatro doses da vacina e a expectativa é de que, a partir da primeira dose, o organismo já comece a produzir os anticorpos necessários para a defesa contra o HIV.

Segundo informações passadas pela SES-SP à equipe de jornalismo do Portal do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, as três primeiras doses têm um intervalo de aplicação a cada trimestre. Já para a última dose o período é de seis meses.

Efeitos colaterais

O órgão do Governo do Estado explica que “os participantes da pesquisa podem apresentar sinais e sintomas leves e gerais”, pois, existe a possibilidade de ocorrer, inclusive, “após a administração de [qualquer] uma vacina ou injeção com placebo.

Entre os sintomas comuns citados pela SES-SP estão “febre, calafrios, erupção cutânea, mialgia, náusea/vômito, cefaleia, tontura, artralgia, coceira e fadiga”. No entanto, a entidade reforça que “todos os efeitos adversos, que geralmente são de curto prazo e não exigem tratamento, serão monitorados e acompanhados por equipe médica especializada”.

O estudo

Além do Brasil, o estudo internacional intitulado ‘Mosaico’, acontecerá também em outros países como Argentina, Itália, México, Peru, Polônia, Espanha e Estados Unidos, e tem cerca de 3,8 mil voluntários no total.

Como ser voluntário

As inscrições estão abertas para 136 voluntários e ocorrerão na Casa da Pesquisa do CRT. Segundo a SES-SP, só serão aprovados os candidatos considerados vulneráveis ao vírus para esse estudo: homens cisgêneros (que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram) e que se relacionam sexualmente com outras pessoas do mesmo sexo e gênero, além de mulheres e homens trans com vida sexual ativa. Além disso, é necessário ter entre 18 e 60 anos e ser HIV negativo.

Não podem participar pessoas que:

– Tomaram vacinas contra qualquer doença nos últimos 28 dias;

– Participaram de estudos de vacinas experimentais nos últimos dois meses;

– Receberam transfusão de sangue nos últimos três meses;

– Candidatos com alergias ou histórico de anafilaxia (reação alérgica aguda com risco de morte) a vacinas não podem participar; e

– Pessoas que vivem com o vírus HIV, mesmo que a carga viral seja indetectável.

Mais informações estão disponíveis por meio do portal da pesquisa (veja aqui).

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