Novo coronavírus registra 2.924 mortes no mundo todo e aumento exponencial de casos na Coreia do Sul

Apesar da preocupação global, no entanto, há um fator positivo: das mais de 85.000 pessoas infectadas, 36.500 já foram curadas, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins MUNDO

O total de mortes em decorrência da propagação do novo coronavírus chegou à marca de 2.924, com 2.823 apenas na China. A Coreia do Sul, segunda nação mais afetada, registrou, neste sábado (29), seu maior número de infecções (813) desde o início da epidemia do novo coronavírus, o maior aumento em um dia. Com isso, elevou-se o total de infecções no país para 3.150, dos quais 17 morreram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Ao todo, 54 países registram contágios de Covid-19, com 85.402 casos, a maioria (79.251) na China. A disseminação mundial levou a OMS a elevar a ameaça internacional do vírus para “muito alta”.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde chinesa, neste sábado (29), foram notificados 47 mortes e 427 casos novos, ou seja, mais do que na véspera. Destas 47 vítimas fatais, 45 eram de Hubei, onde surgiram os primeiros contágios e que concentra a maioria dos casos. Pequim, a capital, e Henan, no centro do país, registraram um óbito, cada. Apesar do aumento de casos em relação à sexta-feira (327), o número é bem inferior aos registros do novo coronavírus em meados de fevereiro.

Apesar da preocupação global, no entanto, há um fator positivo: das mais de 85.000 pessoas infectadas, 36.500 já foram curadas, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins, que coleta dados da OMS e das autoridades de saúde de cada país.

Epidemia se espalha

A lista de países que registraram suas primeiras infecções não para de crescer. Depois do Brasil, o México se tornou o segundo país da América Latina a detectar casos, com três confirmações de coronavírus, na sexta-feira (28), em pessoas que estiveram recentemente na Itália.

Na Nigéria, um italiano que chegou a Lagos proveniente de Milão testou positivo, tornando este país o primeiro da África subsaariana com o novo coronavírus. Dois outros países do continente africano, Egito e Argélia, já haviam anunciado casos.

No Irã, a rádio BBC Persian, citando fontes médicas, informou que há pelo menos 210 pessoas mortas, muito mais do que números oficiais da OMS, que citam 34 mortos e 388 casos de infecção.

O porta-voz do ministério da Saúde iraniano, Kianuche Jahanpur, negou que os dados da BBC são verdadeiros e destacou “a transparência exemplar” do Irã na publicação de informações sobre o coronavírus.

A Arábia Saudita, que já havia suspendido a entrada de peregrinos que viajavam para Meca, proibiu os cidadãos dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) de entrar em suas cidades sagradas (Meca e Medina).

Na Itália, o COVID-19 já infectou quase 900 pessoas, das quais 21 morreram. Para conter a epidemia, o páis adotou medidas drásticas, como o fechamento de escolas, a suspensão de eventos esportivos e culturais e o isolamento de 11 localidades no norte do país.

Entre os últimos eventos afetados pela epidemia estão cinco partidas de futebol da primeira divisão, incluindo o duelo entre Juventus e Inter de Milão, que foi adiado para 13 de maio.

Economia

Além dos danos à vida, o vírus já afeta negativamente a economia mundial. A epidemia afundou os mercados financeiros na sexta-feira (28) a um dos níveis mais baixos desde a crise de 2008-2009.

No país epicentro, as empresas começaram a reabrir após semanas de desaceleração de atividade econômica. Apesar disso, o Bureau Nacional de Estatísticas (BNS) informou que o setor manufatureiro caiu a um mínimo histórico em fevereiro. 

O índice de gestores de compras (PMI) para o mês de fevereiro se situou em 35,7 pontos, contra 50,0 em janeiro, segundo o BNS. Uma cifra acima de 50 indica expansão da atividade e abaixo, contração.

Além disso, especialistas acreditam que a epidemia terá um impacto na economia regional da América Latina. Grandes economias como Brasil, Argentina e Chile têm como principal parceiro comercial o gigante asiático. Seja carne, grãos ou cobre, a China se abastece de produtores latino-americanos. Por sua vez, muitas cadeias de produção locais dependem de componentes chineses. 

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