Fiocruz inaugura Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no Rio

Por Agência Brasil

Divulgação/Josué Damacena(IOC/Fiocruz)

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (10) que o Brasil vive um momento de esforço de guerra contra o novo coronavírus e que é preciso haver união no combate à pandemia. Para isso, segundo ele, não devem existir diferenças partidárias ou ideológicas. Ele disse que é importante contar com a participação da imprensa para fazer chegar informações corretas aos lugares de mais difícil acesso no país.

“Estamos em um esforço de guerra, lutando contra uma pandemia. O Orçamento [da União] que foi liberado é um orçamento de guerra. Quando as empresas aceitam as requisições de equipamentos e materiais isso é esforço de guerra. Quando a mídia chega conosco para, juntos, aumentarmos a capacidade do país em chegar ao mais longe rincão, levando a informação correta e necessária, estamos todos juntos nessa missão. Não existem, neste momento, diferenças partidárias ou ideológicas. Somos todos brasileiros combatendo, dia a dia, da melhor forma para que não haja mais mortos em nosso país”, disse o Ministro ao participar da cerimônia de inauguração da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro. 

A nova unidade vai ampliar a capacidade nacional de processamento de testes moleculares para detecção da covid-19 e está equipada com plataformas automatizadas. Em pleno funcionamento, a unidade terá a capacidade de liberar até 15 mil resultados de testes moleculares por dia.

O ministro destacou que a testagem inclui o acompanhamento e compreensão das curvas de casos, uma vez que o diagnóstico já foi feito anteriormente pelo médico. Pazuello acrescentou que dessa forma vai ser possível parar o sangramento que representa as mortes diárias pela covid-19.

“Já perdemos 100 mil brasileiros com nome, identidade, família e, podem acreditar, estamos todos os dias revendo nossos protocolos, procurando o que tem de melhor, e alterando aquilo que não estava dando certo. É nesse viés que posso afiançar: diagnóstico e testagem, que se encaixam com essa inauguração de hoje, são a base do tratamento precoce.”

Legado

Com o início das operações da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, segundo o ministro, a Fiocruz dá mais um passo em sua estrutura interna, deixando um prédio que ficará como legado, o centro de testagem. A logística nacional de testagem do Brasil não é simples por ser um país continental, explicou. “Nossos Lacens [Laboratório Central de Saúde Pública] não têm estrutura e capacidade de fazer toda a demanda de testagens, processamentos. Cabe à Fiocruz, aqui e em São Paulo, receberem a demanda para reforçar os Lacens . O Lacen não puder fazer no seu estado, faremos a logística, traremos para cá, e com isso, a gente faz o aumento da nossa capacidade de testagem”.

O ministro destacou que a testagem efetiva trata de epidemiologia, acompanhamento e compreensão das curvas de casos. O diagnóstico já foi feito anteriormente pelo médico. Pazuello acrescentou que dessa forma vai ser possível parar o sangramento que representa as mortes diárias pela covid-19.

“Espero ter sido claro nessa posição, claro que estou falando para que a imprensa divulgue. Esse é o papel que espero de todos nós. Fica clara a missão: é preciso que todos compreendam o que tem que ser feito para que possamos parar o sangramento e as perdas. Todos os dias nós sofremos as perdas. Não é um número. Não 95 mil, 98 mil, 100 ou 101 que vão fazer a diferença. O que faz a diferença é cada um brasileiro que se perde. A gente precisa compreender como parar o sangramento e parar o sangramento é diagnóstico precoce, tratamento imediato, compreensão do suporte ventilatório antes da UTI”, afirmou.

Fiocruz

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que a entidade tem atuado em diversas frentes no combate ao novo coronavírus, desde os testes moleculares, ações educacionais e de pesquisa, uma vez que ainda há muitas questões sem respostas, que afligem o país e o mundo. Nísia lembrou que a Fiocruz está à frente do desenvolvimento da vacina de Oxford.

A presidente agradeceu à Iniciativa Todos pela Saúde, que conta com recursos do Itaú Unibanco e participa do projeto de início da operação da Unidade de Apoio ao diagnóstico da Covid-19. Agradeceu também ao ministério da Saúde pelo apoio a esta ação fundamental no enfrentamento à pandemia, com a ampliação da capacidade de realização dos testes.

“A política e capacidade de testagem é fundamental hoje em todas as etapas, por isso, a Fiocruz nos seus 120 anos, com os importantes apoios aqui mencionados, com muito compromisso, faz ela faz essa entrega hoje. Lamentamos as perdas de vidas durante essa pandemia e reforçamos o nosso compromisso com ações de saúde pública, de ciência e tecnologia que nos permitam nosso país superar este quadro e caminhar no sentido de fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde e da base científica e tecnológica tão importante para isso”, disse.

Nísia Trindade disse que a inauguração é um fortalecimento de todo o sistema de vigilância no qual os Laboratórios Centrais dos estados têm papel relevante. “Nosso objetivo é somar, contribuir e em um momento tão delicado somarmos forças”, acrescentou, afirmando, que após a pandemia a Unidade de Apoio será certamente uma contribuição fundamental no campo da vigilância sanitária do país.

Recursos

A vice-presidente do Banco Itaú e representante da instituição no Comitê Gestor da Iniciativa Todos pela Saúde, Claudia Politanski, lembrou que a instituição colaborou com a construção do Hospital de Campanha de Manguinhos, estrutura permanente que pertence a Fiocruz, além do centro de testagem da Fundação o banco também destinou recursos para o centro de testagem do Ceará.

“A gente sabe a importância da testagem no combate à pandemia e no controle da gestão epidemiológica dessa doença. Temos também a oportunidade de ajudar na estruturação do projeto de vacinação a gente sabe também da importância no contexto todo”, informou, destacando que a Unidade de Apoio ao Diagnóstico permanecerá depois da pandemia e vai atender a outros desafios no âmbito da saúde pública que possam se apresentar.

O presidente da Comissão Externa do Coronavírus na Câmara Federal, Luiz Antônio Teixeira Júnior, o deputado Luizinho (PP/RJ), disse que Pazuello vai marcar a gestão dele como ministro, pelo apoio à Fiocruz, que é a mola da saúde pública brasileira.

“Sai daqui, desses cérebros, dessas equipes a possibilidade de transformação da saúde pública brasileira. Cada investimento aqui dentro é uma decisão de legado”, observou, acrescentando que está na Fiocruz a esperança de libertação dos brasileiros com o desenvolvimento da vacina contra a doença.

“Daqui vai sair a libertação do povo brasileiro nesse momento tão difícil. É daqui, dessa casa de 120 anos que vai nascer a vacina, que com certeza absoluta, vai devolver a norma

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