Hepatite B pode ser transmitida por relação sexual desprotegida

Fonte: ASCOM HULW-UFPB/Ebserh

Crédito: Agência Brasil

Sexo sem preservativo, em geral, remete a gravidez ou ao risco de contrair as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) mais conhecidas, como sífilis e HIV. Doença silenciosa e que pode levar à morte, a hepatite B também integra essa lista. Somente em 2018, conforme dados do Ministério da Saúde, a doença foi responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatites notificados no Brasil. A hepatite é uma doença viral infecciosa, que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Existem cinco tipos identificados de hepatite: A, B, C, D (Delta) e E.

“O mês de julho é o mês de combate às hepatites virais e é chamado de Julho Amarelo. Tem a finalidade de divulgar informações sobre as hepatites virais e também sobre seu tratamento. Nesse contexto, é importante lembrar que os vírus B e C podem causar inflamação e cronificar, ou seja, persistir no organismo”, afirma o hepatologista José Eymard Medeiros, que é gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), instituição vinculada à Rede Ebserh.

O especialista, que também é médico das doenças do fígado, acrescenta que, ao longo do tempo, tais vírus podem levar a infecções crônicas e inflamações bem como chegar até o quadro de cirrose e suas complicações.

José Eymard Medeiros informa que a principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. De acordo com o Ministério da Saúde, para crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo se dá com aplicação de três doses.

“Para evitar contrair o vírus da Hepatite B, é necessário uma série de cuidados. Além de ser transmitida pelo sangue, por tesourinha e alicate de unha, o vírus da hepatite B tem uma via de transmissão muito importante que são as relações sexuais desprotegidas”, explica José Eymard Medeiros. “Daí a importância de, não apenas tomarmos vacina para o vírus da hepatite B, mas também tomarmos cuidado, evitando relação sexual sem proteção. O uso de preservativo protege contra várias doenças, entre as quais a hepatite B”, ressalta.

Além de usar camisinha em todas as relações sexuais, outras formas de prevenção devem ser observadas, como não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Testagem para hepatite B é gratuita 

A Hepatite B, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. Por causa disso, muitas vezes a doença é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Tais sintomas costumam aparecer apenas em fases mais avançadas da doença.

Tal condição, lembra o hepatologista José Eymard Medeiros, dificulta o diagnóstico precoce da infecção e reforça a necessidade de testagem rápida para diagnóstico da hepatite B. “É importante que você, cidadão brasileiro, cidadã brasileira, procurem os centros de testagem autônomos próximo à sua cidade, principalmente se você tem mais de 40 anos de idade, porque você pode não saber e ter uma forma de agressão crônica no seu fígado pelo vírus B e pelo vírus C e que é possível de tratamento e de cura, a depender do caso”, afirma. Os pacientes também podem solicitar espontaneamente a realização do teste rápido nas unidades básicas de saúde.

Sobre a Ebserh – O HULW-UFPB faz parte da Rede Ebserh/MEC desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Angélica Lúcio – Jornalista HULW-UFPB/Ebserh
Assessoria de Comunicação

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