Falsa farmacêutica que atuava na rede pública de saúde é presa e exonerada

Por ICTQ

Foto: ICTQ

A Polícia Civil do Acre prendeu em flagrante Poliana Moreira de Araújo, acusada de cometer exercício ilegal da profissão farmacêutica. No momento que foi autuada, ela atendia na Fundação Hospitalar (Fundhacre), em Rio Branco, no setor de Nefrologia dessa unidade de saúde. Nesta segunda-feira (27/07), a antiga funcionária também foi exonerada do cargo.  A medida foi publicada no Diário Oficial daquele Estado.

Além da polícia, o flagrante foi acompanhado pelo Conselho Regional de Farmácia do Acre (CRF-AC). Segundo as investigações, Poliana não concluiu a graduação e nem tinha registro junto à entidade de classe.

Naquela unidade de saúde, ela era responsável pela logística de medicamentos usados no setor de Nefrologia, como no caso da dispensação, verificação de prescrição e controle de substâncias utilizadas por pacientes com problemas renais, por exemplo.

De acordo com o presidente do CRF-AC, João Vitor Italiano Braz, a atuação não habilitada de Poliana colocou a vida dos pacientes daquele hospital em risco. “A Nefrologia é uma área muito delicada e requer bastante qualificação. Os medicamentos usados lá são muitos caros. Em qualquer área da saúde, na verdade, se exige um profissional responsável técnico realmente qualificado. Esperamos que a polícia descubra por que ela foi contratada sem atender às exigências mínimas”, destacou ele, em entrevista publicada no portal AC24 Horas.

Braz ainda relata que o Conselho constatou junto à faculdade que, supostamente, Poliana teria feito sua graduação, que ela realmente não finalizou o curso. Além disso, ele também confirma a ausência do registro profissional expedido pela autarquia

Redes sociais   

Apesar da ausência da graduação, Poliana divulgava nas redes sociais fotos de uma suposta formatura do curso de Farmácia, fato que está sendo investigado nos autos do inquérito. Sua nomeação na Fundação Hospitalar do Acre aconteceu em janeiro de 2019, ou seja, ela já estava a mais de 1 ano e meio naquela função.

Já o salário que ela ganhava era de pouco mais de R$ 3 mil mensais. Um detalhe importante é que o conselheiro federal Romeu Cordeiro afirmou, segundo o AC 24 horas, que irá cobrar explicações da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre) sobre a nomeação de Poliana, que não teria exigido o registro emitido pelo CRF-AC.

Casos semelhantes

Em junho de 2020, outro caso parecido ao de Poliana ganhou repercussão. Um homem, que não teve identidade revelada, foi preso acusado de exercer, ilegalmente, a profissão de farmacêutico em Porto Esperidião, em Mato Grosso. O suspeito disse que comprava os medicamentos no município de Cáceres para revendê-los em uma farmácia irregular que mantinha, mas que foi fechada pela Polícia Civil.

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