A imunoterapia é um tipo de tratamento que busca fortalecer o sistema imunológico do paciente, oferecendo uma maior capacidade de combater antígenos como vírus, bactérias e até mesmo o câncer. Esse método visa a estimulação das defesas do paciente, utilizando substâncias que auxiliem a identificação e destruição das células tumorais. Assim, ao invés de ser uma droga que atue diretamente no câncer, os imunoterápicos auxiliam as defesas corporais (sistema imunológico) para que elas mesmas detectem e combatam a doença.
De acordo com as substâncias utilizadas e o mecanismo de ação, a imunoterapia pode ser classificada em ativa ou passiva. Na imunoterapia ativa são utilizadas substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. Na imunoterapia passiva, células mononucleares exógenas ou anticorpos antitumorais são administrados a fim de proporcionar uma capacidade imunológica de combate à doença.
A título de curiosidade, o início dos estudos da imunoterapia se deu com o cirurgião William Coley, quando este observou que a injeção de bactérias mortas em regiões de sarcoma estavam levando ao encolhimento do tumor. A partir de então, no final do século XIX, se começou a aprofundar os estudos entre a ligação imuno-oncologia. Faz-se pertinente destacar que o aprofundamento nos estudos sobre a imunoterapia, e sobre sua ampla variedade de combinações terapêuticas, continua até hoje.
Tem-se conhecimento do impacto dos tratamentos imunoterápicos em alguns cânceres, contudo ainda existem muitos questionamentos a serem respondidos, afinal a imunoterapia não se aplica a todos os casos. A indicação tem relação com o tipo de tumor e o momento do tratamento no qual o paciente se encontra. Apesar de resultados promissores em alguns casos, ainda há muita pesquisa a ser desenvolvida para que a imunoterapia seja a solução para todos os casos, sendo necessário, primeiramente, entender o motivo dela ser eficaz somente em alguns cânceres, como o melanoma e o linfoma de Hodgkin.
É extremamente relevante, portanto, que essa opção terapêutica continue sendo explorada, principalmente no que diz respeito à compreensão sobre o efeito desse método terapêutico nos diferentes cânceres e o seu impacto no prognóstico dos pacientes. Há muito avanço à vista.
Fonte:
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-que-e-imunoterapia/7957/922/
https://www.accamargo.org.br/pacientes-acompanhantes/imunoterapia
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//rrc-42-ciencia.pdf
https://www.vencerocancer.org.br/cancer/noticias/como-funciona-a-imunoterapia/