O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino começou a selecionar os voluntários do Rio de Janeiro que participarão dos testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Ao todo, mil pessoas serão selecionadas.
Nesta etapa, serão priorizados os profissionais da área da saúde e pessoas com comorbidades que estão mais vulneráveis a complicações da covid-19. Todos os candidatos devem ter entre 18 e 55 anos e devem não ter tido a doença ainda.
Caso algum dos testes – o RT-PCR ou sorológico – indicar que o voluntário teve contato com o vírus anteriormente ou está infectado no momento, ele será excluído da pesquisa.
Como vai funcionar o teste?
Os selecionados serão divididos em grupos definidos por sorteio. Metade deles receberá a vacina e a outra metade, um placebo. Ninguém saberá qual o tipo de vacina tomou.
Depois disso, os voluntários serão acompanhados para saber se a vacina foi capaz de proteger contra o vírus ou não.
O mesmo processo já está sendo feito em São Paulo, onde os participantes já começaram a receber as doses no dia 19 de junho.
Embora esse estudo esteja programado para durar um ano, acredita-se que em outubro já seja possível observar os primeiros resultados.
Vacina mais promissora
Chamada ChAdOx1 nCoV-19, a vacina que será testada em voluntários no Rio de Janeiro já começou a ser aplicada em São Paulo em um estudo clínico com 2 mil pessoas.
Desenvolvida por uma equipe da Universidade de Oxford, a ChAdOx1 nCoV-19 já foi testada no Reino Unido, e atualmente também está sendo aplicada na África do Sul.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse imunizante é um dos mais promissores até aqui.
À frente do estudo na Escola de Medicina Tropical de Liverpool está uma brasileira, a imunologista Daniela Ferreira, especialista em infecções respiratórias e desenvolvimento de vacinas.