Atuando como referência no cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes em João Pessoa, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil Cirandar (Caps Cirandar), já atendeu, de janeiro até agora, 1.673 crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos que sofrem com transtornos mentais graves e persistentes, bem como aqueles que se encontram em situação de risco, devido ao consumo de álcool ou drogas, que tenham dificuldade em estabelecer e manter relações sociais na família, escola e comunidade, ou que tenham prejuízo na sua saúde em geral.
Atualmente, 581 usuários fazem atendimento contínuo no Caps Cirandar. Os transtornos variam entre tentativas de tirar a vida, bullying, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtorno de humor, dependência química e transtorno pós-traumático.
Mesmo durante a pandemia, os atendimentos foram mantidos, sendo obedecidas as medidas de saúde sanitárias necessárias. O fluxo se dá por demanda espontânea ou através de encaminhamentos de escolas, Casas de Acolhida, Ministério Público, Conselho Tutelar, Organizações Não-Governamentais (ONGs), Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm), hospitais psiquiátricos e Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).
Reforço dos laços sociais – A diretora do Caps Cirandar, Luanna Campos, explicou que toda ação voltada à saúde mental de crianças e adolescentes precisa estabelecer parcerias com outras políticas públicas, como ação social, educação, cultura, esporte, direitos humanos e justiça, tendo em vista a ampliação e reforço dos laços sociais com as partes que compõem seu território.
“Deve-se ter em mente que no tratamento de crianças e adolescentes, mesmo quando não é possível trabalhar com a hipótese de remissão total do problema, a obtenção de progressos no nível de desenvolvimento, em qualquer aspecto da sua vida mental, pode significar melhora importante nas condições de vida para eles e suas famílias”, explicou Luanna Campos.
Serviço ofertado – No Caps Cirandar são oferecidos atendimentos de psicologia, psiquiatria, serviço social, terapia ocupacional, enfermagem, oficinas terapêuticas com educador social, práticas integrativas e dispensação de psicotrópicos com atendimento clínico farmacêutico, além de oficinas terapêuticas também para os familiares.
O funcionamento é das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, na Avenida Gouveia Nóbrega S/N, em frente ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), no Roger. Para orientações, o público pode entrar em contato através do número 3214-6079.
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Texto: Carolina Queiroz
Edição: Andrea Alves