OMS diz que coronavírus não teve origem em mercado de Wuhan

Grupo investiga origem do vírus. Estuda 4 outras hipóteses. 1ª vítima infectada em dez.2019. Fonte: Poder 360

Mercado de mariscos na cidade de Wuhan, epicentro da epidemia, após a descoberta do coronavírus.

A comissão da OMS (Organização Mundial de Saúde) que está em Wuhan, na China, afirmou nesta 3ª feira (9.fev.2021) que ainda não há confirmação da origem do Sars-CoV-2, a variante do coronavírus identificada 1º na cidade chinesa, em dezembro de 2019.

As informações divulgadas pela equipe apontam que a 1ª variante conhecida não surgiu no mercado de Wuhan, como se suspeitava desde o início da pandemia de covid-19. Uma ação conjunta da comissão da OMS com especialistas do Instituto de Virologia de Wuhan tenta descobrir a real origem do vírus.

A equipe, que está em solo chinês desde 14 de janeiro, conta com 10 pesquisadores e é comandada pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, e pela ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf.

De acordo com Ben Embarek, presidente da comissão e especialista em segurança alimentar, existem 4 hipóteses para a origem das infecções: o “vazamento” do vírus investigado de um laboratório (entendido pela OMS como “extremamente improvável”); a transmissão direta de uma espécie animal hospedeira a um humano; a presença do vírus em uma espécie intermediária, que foi infectada antes de a variante ser transmitida a um humano; e a presença do vírus em alimentos, principalmente congelados.

Segundo Embarek, não há constatação de contaminação que confirme a ligação de morcegos à pandemia. Embora as informações iniciais transmitidas à OMS ainda em dezembro de 2019 tenham apontado animais como morcegos e pangolins como portadores e transmissores do vírus, as linhagens sequenciadas desses animais não apresentam similaridade com o patógeno. Outros animais, como gatos e visons, têm alta suscetibilidade de hospedar o Sars-CoV-2.

Durante a investigação, a comissão constatou que não houve infecções pelo vírus anteriores às de dezembro de 2019, não havendo evidências da variante do coronavírus em nenhum caso de morte por pneumonia registrada de junho a dezembro de 2019. Houve, no entanto, confirmação de que o Sars-CoV-2 circulou em outros locais além do comércio de alimentos de Huanan, em Wuhan.

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