A médica Ticyana D’Azambuja, que, em maio, foi espancada no Rio de Janeiro após reclamar de uma de uma festa apelidada de “festa do corona”, está internada com covid-19, com 50% dos pulmões comprometidos.
A anestesista contou ao portal R7 que esta é a segunda vez que ela é diagnosticada com a doença. Na primeira vez, em abril, Ticyana atuava diretamente em contato com pacientes com coronavírus.
“Tive em abril. Febre alta, mal-estar, anosmia (perda de olfato e paladar), diarreia… Mas não tive a falta de ar”, disse em entrevista à repórter Ana Beatriz Araújo.
Desde setembro, a médica não está mais atuando na linha de frente de combate ao coronavírus e voltou a trabalhar como anestesista.
Agressão na ‘festa do corona’
Ticyana D’Azambuja, de 35 anos foi agredida com socos no rosto depois de reclamar de uma festa que acontecia em uma casa vizinha à dela no bairro do Grajaú, na zona norte do Rio de Janeiro. Ela teve o joelho esquerdo quebrado e as mãos pisoteadas.
Segundo o relato da médica na época da agressão, as festas eram frequentes na vizinhança, mas se intensificaram durante a quarentena em razão do novo coronavírus. Ela disse que foi até o local reclamar depois de fazer inúmeras denúncias à polícia, que não atendeu à ocorrência.
Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo caso de agressão à médica.