O câncer de mama é o tipo de câncer mais prevalente em mulheres em todo o mundo. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou para 2020, 66.280 novos casos e número médio de mortes de 17.572 mil mulheres e 189 homens.
A inatividade física é um importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer, sendo que mulheres fisicamente ativas podem ter uma redução de até 25% no risco de desenvolver câncer de mama. Além da falta de exercício, outros fatores como excesso de peso e consumo de bebidas alcoólicas aumentam ainda mais os riscos.
O exercício físico pode trazer inúmeros benefícios para pacientes em tratamento de câncer, sejam eles já praticantes de atividades antes do surgimento do tumor, ou se passaram a se exercitar após o diagnóstico. Além disso, o exercício melhora consideravelmente a fadiga relacionada ao câncer, uma condição muito freqüente em pacientes submetidas ao tratamento quimioterápico. Esta fadiga compromete significativamente as capacidades funcionais e a qualidade de vida dessas mulheres.
Nas pacientes, o exercício físico tem mostrado muitos benefícios como aumento na força muscular, capacidade aeróbia, qualidade de vida relacionada à saúde, fadiga, ansiedade e auto-estima, e principalmente na redução/controle do peso corporal. Assim, uma intervenção com exercícios físicos pode melhorar tanto aspectos físicos como psicológicos durante e após o tratamento de câncer de mama.
*Alexandre Abilio de Souza Teixeira, doutorando no laboratório de Imunometabolismo do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo).
Loreana Sanches Silveira, pós-doutoranda no laboratório de Imunometabolismo do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo).