Entenda o risco de covid-19 em diferentes reuniões sociais

Estudo leva em conta diversas variáveis para mostrar onde é mais seguro e quais situações nos expõem mais à infecção. Por Catraca Livre

Crédito: Nopparit/istock Primeiro caso de reinfecção por coronavírus é confirmado em Hong Kong

Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, criaram uma tabela que ajuda a entender o risco de pegar covid-19 em diferentes eventos sociais, de acordo com a lotação e as características físicas dos ambientes.

estudo publicado no periódico científico The BMJ também considera o uso de máscaras, o tempo de permanência no local e até se as pessoas estão em silêncio, conversando ou gritando.

Descobriu-se que em locais mal ventilados onde, por natureza, as pessoas falam mais alto ou cantam, como em um karaokê ou bar, por exemplo, o risco é considerado alto, mesmo que essas pessoas usem máscara.

Esses achados sobre a dinâmica de fluidos virais, segundo os cientistas, ajudam a explicar por que em uma prática de coral nos Estados Unidos, uma pessoa sintomática infectou pelo menos 32 outros cantores, apesar do distanciamento físico.

Outros casos parecidos foram relatados em academias de ginástica, lutas de boxe, call centers e igrejas, onde as pessoas podem cantar, ofegar ou falar alto.

Locais fechados ou ao ar livre

Os pesquisadores reforçam que locais fechados sem ventilação devem ser evitados de maneira geral. Mesmo com baixa ocupação e com todas as pessoas de máscara e em silêncio, o risco é moderado.

Já se as pessoas permanecerem em silêncio nesse mesmo local, mas estiverem sem máscara, as chances de pegar covid-19 são altas. Isso, considerando que o tempo de contato entre as pessoas seja prolongado.

Por outro lado, reuniões em locais ao ar livre e com ventilação são mais seguras. Veja na tabela abaixo:

tabela sobre o risco de covid-19tabela sobre risco covid-19

Este estudo também tratou sobre a distância mínima de 2 metros para evitar novas infecções. Os autores defendem que essa regra é ultrapassada e não pode ser considerada segura no caso de covid-19.

Segundo eles, essa distância mínima é baseada em descobertas de 1800, com vírus anteriores e não se aplica ao coronavírus, cuja transmissão é muito mais complexa.

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