Desde o início da pandemia, muito tem-se falado sobre as sequelas da covid-19. Em algumas pessoas, elas perduraram por longos meses após a recuperação. Um dos exemplos é a cantora Joelma, que contraiu a doença no início de agosto, e ficou dois meses de cama.
Em entrevista ao Fantástico, a artista, que tem 46 anos, contou que ainda sente muito cansaço e fadiga e que sua respiração só voltou ao normal há cerca de três dias. O olfato e o paladar ainda não foram recuperados
Joelma também contou que ainda sente o corpo muito inchado. “Eu fiquei 60 dias em cima de uma cama. Eu tô inchada ainda. Tanto é que eu tive que aumentar o número do meu sutiã. Os peitos cresceram. Fiz os exames, tudo normal. E ninguém consegue explicar isso porque eu fiquei muito grande”, disse ao repórter Álvaro Pereira Júnior.
Além disso, Joelma teve a visão e a memória afetadas por um período. “Uma coisa muito louca. Afetou a minha visão. Eu via tudo embaçado. Coisas simples que eu não conseguia lembrar, não vinha na minha mente”.
Ataque ao corpo
Uma possível explicação para as sequelas enfrentadas por Joelma e por tantos outros recuperados da covid-19 pode ter a ver com a forma como o sistema de defesa do corpo age contra o ataque do vírus.
Mesmo após “lutar” contra o invasor, as defesas, em vez de voltarem ao normal, não se desligam e mantêm o ataque. Como não tem mais o inimigo instalado, o próprio organismo torna-se alvo.
Nessa investida, vários órgãos são atingidos. É por isso que os sintomas são tão diversificados nos recuperados.