O Setembro Amarelo foi criado no Brasil no ano de 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Desde então ações e campanhas estão empenhadas em alertar a população sobre a importância de discutir sobre o tema.
O suicídio resulta da interação de fatores biológicos, psicológicos, culturais e ambientais, não existe uma única causa ou um única razão para alguém cometer suicídio. A maioria das pessoas que cometeu suicídio tem um transtorno mental, pessoas em episódio depressivo maior são as que mais cometem suicídio. Ele ocorre também na ausência de qualquer transtorno psiquiátrico, especialmente em situações como luto e declínio da saúde.
O suicídio é um tema complexo, e ainda é considerado um tabu em nossa sociedade, e muitos mitos sobre contribuem para a propagação de informações falsas a respeito do assunto. Pensando na importância de esclarecimento sobre o suicídio, vamos desmistificar sobre algumas distorções sobre a temática:
“Quando a pessoa decide, não há o que fazer para impedir”
Quando uma pessoa tiver perdido toda a esperança e só conseguir sentir dor e não enxergar nada além do que desespero, quando os problemas são tão grandes e parecem não ter solução, ter pessoas que percebam esses sinais e que ofereçam auxílio faz com que a pessoa sinta que pode haver solução para o seu problema, podendo despertar na pessoa o valioso sentimento de que ela não está sozinha na sua angústia e que a esperança não está totalmente perdida.
Contar com uma rede de apoio é de fundamental importância para a pessoa com ideação suicida, segundo dados da organização mundial de saúde (OMS), 90% dos suicídios podem ser prevenidos com ajuda da rede de apoio.
“Quem diz que vai se matar não se mata”
Estudos demonstram que a maioria das pessoas que cometem suicídio deram “avisos” de sua intenção. Quando alguém com ideação suicida fala para as outras pessoas: “eu não aguento mais”, “eu estou cansado da vida”, “eu preferia estar morto”, ela está comunicando que não está bem que a dor é muito grande e que ela precisa de ajuda.
Na grande parte das vezes em que a pessoa com ideação suicida comunica, ela é rejeitada e geralmente é obrigada a ouvir sobre pessoas em situações piores que elas, ouvindo comparações injustas.
Se a pessoa está comunicando que não aguenta mais, possivelmente é verdade, ela pode estar no limite da dor, não julgue, acolha, tenha empatia e converse escutando com atenção e ajude a pessoa na busca de um profissional da saúde.
“Se a pessoa planeja suicídio é porque ela quer acabar com a vida”
Na verdade, quando a pessoa fala em se matar, o que de fato ela quer é acabar com a imensa dor que ela sente, ela não quer morrer, ela quer acabar com um sofrimento muito intenso.
Um sentimento presente em pessoas com ideação suicida é que elas são um fardo na vida da família e amigos, e que se elas não existissem mais, as pessoas não precisariam mais carregar o peso de conviver com elas, elas acreditam que morrendo irão resolver muitos problemas.