Segundou com “S” de socorro. Um discurso do diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, feito nesta segunda-feira, 3, deu a entender que a vacina ou a cura para a covid-19 podem não se tornar realidade nunca.
“Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista”, disse o diretor-geral. Ele afirmou ainda que há imunizações na última fase de testes, mas existe a possibilidade de que nenhuma dessas ofereça proteção da forma esperada. De acordo com a OMS, são 25 vacinas já sendo testadas em seres humanos, sendo 6 delas na chamada fase 3 – os últimos ensaios antes da conclusão.
“Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”. Tedros declarou que não é possível saber até que se concluam os testes. No entanto, disse que ainda existe esperança e que os estudos estão sendo desenvolvidos a uma velocidade sem precedentes.
A OMS, mais uma vez, reforçou a necessidade de aplicar o conjunto das medidas disponíveis que funcionam para suprimir a transmissão do novo coronavírus até que haja uma vacina ou remédio. Nesta segunda-feira, o diretor-geral relembrou que é a primeira vez que acontece um surto mundial de um coronavírus “Combina dois fatores perigosos: se espalha rápido e, ao mesmo tempo, mata”.
Vacina russa
Neste sábado, 1º de agosto, o governo da Rússia anunciou que a vacina contra a covid-19 será aplicada em massa no país ainda em outubro deste ano.
À agência de notícias Interfax, o ministro da Saúde, Mikhail Murashkoque, disse que o Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, concluiu os ensaios clínicos e a documentação está sendo preparada para registrar a vacina. De acordo com ele, será possível começar a campanha de vacinação em massa em outubro.
Porém, há uma desconfiança da comunidade internacional sobre a eficácia da vacina russa, inclusive da própria OMS, já que a Rússia não torna públicos os resultados das pesquisas