Fiocruz já prepara a fábrica para começar produção da vacina de Oxford

Por Catraca Livre

Foto: Freepik

A fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já se adiantou e está deixando tudo preparado para iniciar a produção da vacina de Oxford assim que receber um aval. As informações são da Globo Rio, que teve acesso ao local.

O imunizante em questão está na última fase de testes em voluntários no Brasil e é considerado o mais avançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os estudos até agora, feitos no Reino Unido, demonstraram que a vacina é segura e é capaz de induzir anticorpos e gerar produção de células T, o que é chamado de efeito duplo, algo muito positivo.

Apesar de a Fiocruz deixar tudo engatilhado para dar o pontapé inicial à produção das doses, o ingrediente ativo ativo, enviado pelo laboratório AstraZeneca, está previsto para chegar aqui apenas em dezembro. Com o insumo, será possível a produção inicial de 15,2 milhões doses da vacina.

Numa segunda etapa, outras 70 milhões de doses poderão ser produzidas também até o início do ano pela Fiocruz.

“Nós receberemos a vacina congelada, ela vai passar por um processo de descongelamento de 2 a 3 dias. Uma vez que esteja na fase líquida, é transferida para um tanque em aço inox para ser envazada, rotulada e embalada. Eu diria que, provavelmente, é o maior desafio da história de Bio-Manguinhos. A grande vantagem é ter passado por experiências semelhantes como foi o caso de epidemia de febre amarela, o surto de sarampo e poder usar toda nossa competência para responder mais esse desafio’, afirma Luiz Lima, vice-diretor de produção Bio-Manguinhos/Fiocruz em entrevista à TV Globo.

A distribuição e a imunização da população, no entanto, só poderão acontecer quando os testes dessa última fase forem concluídos e apontarem que a vacina é realmente tudo isso que tem se mostrado.

Além disso, também será necessária uma aprovação dos órgão regulatórios. Isso deverá se acelerado por conta da gravidade da pandemia.

Corrida pela vacina

Na corrida pela imunização contra o novo coronavírus, ainda estão em estudo 140 potenciais vacinas no mundo todo, de acordo com dados atualizados da OMS. Apenas 25 estão sendo testadas em humanos, sendo que 4 estão na última fase.

O Brasil, além da vacina de Oxford, também está testando a vacina chinesa Coronavac, que  poderá ser liberada emergencialmente para uso na população no fim do ano.

Em agosto, o país também deve iniciar os testes em voluntários com a vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa alemã BioNTech. Ao todo, 1 mil pessoas serão selecionadas em São Paulo e na Bahia.

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