O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (31) por meio de uma rede social um acordo com a indústria farmacêutica para que o reajuste anual de todos os remédios seja adiado por 60 dias.
O reajuste seria de cerca de 4%, segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, e deveria entrar em vigor nesta quarta-feira (1º).
Havia uma cogitação de que o adiamento valesse somente para medicamentos relacionados ao tratamento do coronavírus, mas o Presidente afirmou que valerá para todos.
“Em comum acordo com a indústria farmacêutica decidimos adiar, por 60 dias, o reajuste de todos os medicamentos no Brasil”, escreveu o presidente.
Na coletiva, realizada pelo Ministério da Saúde agora à tarde, o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, informou que a decisão foi conversada também entre os ministros. “O aumento previsto por lei ficou suspenso por 60 dias, e daqui a 60 dias será avaliado novamente”, explicou ele. A decisão de não reajustar os preços dos medicamentos ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus enfrentada pelo país.
A Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) já havia enviado ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, um pedido de adiamento na data do reajuste anual de preços.
O Ministério da Saúde anunciou hoje, por exemplo, que subiu para 201 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil — aumento de 42 mortos em 24h, maior número registrado no Brasil no período No total, são 5.717 casos oficiais confirmados no país — 1.138 diagnósticos.confirmados em um dia — e 3,5% de letalidade, informou o ministério.