O Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, está disponibilizando um tratamento de preenchimento facial, de caráter corretivo, para minimizar sequelas do tratamento dos pacientes com HIV. Os medicamentos antirretrovirais são de fundamental importância para controle do HIV/Aids, no entanto algumas pessoas vivendo com HIV continuam muito passíveis a uma série de consequências físicas, psicológicas e sociais.
“Quem tem diagnóstico de HIV com tratamento de longa data, que fez uso de medicações mais antigas e que não são mais utilizadas, podem desenvolver, além do controle da doença, uma síndrome denominada Lipodistrófica. Essa síndrome causa atrofia de gordura em alguns locais e acúmulo de gordura em outros locais do corpo. Esses pacientes têm uma escassez de gordura na face, denominada Lipoatrofia. O que o Clementino Fraga está oferecendo é justamente o preenchimento facial desses pacientes com essa Lipoatrofia em face”, explicou a chefe clínica do CHCF, a infectologista Adriana Cavalvante.
De acordo com as informações da Adriana Cavalcante, para ter acesso ao tratamento de preenchimento facial, denominado Lipodistrofia, o paciente do Clementino Fraga deve buscar um encaminhamento com o infectologista que o acompanha no tratamento do HIV. Passada essa fase, o usuário entra em espera, quando é agendada a cirurgia corretiva.
Procedimento – A cirurgia tem caráter corretivo, com procedimento do tipo ‘Hospital Dia’, realizado por um cirurgião plástico no próprio Hospital Clementino Fraga, onde o paciente faz a correção cirúrgica e é liberado no mesmo dia, minimizando os efeitos da Lipoatrofia Facial. O medicamento utilizado no procedimento é o PMMA – Polimetilmetacrilato.
“A lipodistrofia causa modificações intensas no corpo, o que provoca a redução da autoestima, insatisfação com a autoimagem, além de medos e inseguranças gerados pelos estigmas e discriminação a que são submetidos. No entanto, o SUS, por meio do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, está disponibilizado o preenchimento facial, procedimento extremamente importante para o resgate da autoestima, melhora da autoimagem e maior da adesão ao tratamento, possibilitando o aumento na qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV, pois melhora a aparência “distorcida”, ajudando-os a recuperar sua identidade e dignidade, preservando-os da discriminação e preconceito”, afirmou Valdomiro Araújo, do Cordel Vida/Fórum ONG/Aids da Paraíba.