HULW dá alta a mais cinco pacientes de Manaus e novas saídas estão previstas

Dois pacientes permanecem na UTI e três estão em tratamento na enfermaria. Fonte: Assessoria de Comunicação HU EBSERH

Nova alta dos pacientes de Manaus. Crédito: Assessoria de Comunicação UFPB HU EBSERH

“Aqui a gente vê que tudo é feito com amor. Cada gesto, cada palavra. Por isso, eu quero agradecer dos faxineiros aos médicos, a todos”. O depoimento é do motorista Erick Albert, 45 anos, que chegou a ficar quatro dias em um hospital de Manaus-AM, antes de ser transferido para o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Erick e mais quatro pacientes com covid-19 oriundos do Amazonas tiveram alta médica nesta quinta-feira (28) à tarde, pouco depois das 14h.

No dia 17 de janeiro deste ano, quinze amazonenses chegaram a João Pessoa, devido ao colapso no sistema de saúde de Manaus-AM. Posteriormente, o Lauro Wanderley também acolheu em enfermaria mais dois manauaras, que vieram à capital paraibana para ficar mais perto de parentes que haviam sido transferidos para o HULW e tiveram o diagnóstico de SARS-CoV2 confirmado após realização de teste no centro de saúde

A acolhida aos pacientes de Manaus pelo HULW-UFPB integra uma força-tarefa organizada pela Ebserh/MEC. Com a coordenação do Ministério da Saúde (MS), uma rede de apoio foi criada em todo o País para receber os pacientes do Amazonas com covid-19. Ao todo, foram disponibilizados 205 leitos em nove hospitais universitários administrados pela Ebserh.

Será que vou morrer longe da minha família?”

Antes de vir para João Pessoa, o paciente Erick Albert ficou reticente. “De início, eu assustei, porque eu pensei muito na minha família. Havia gente morrendo do nosso lado e eu pensava: meu Deus, será que eu vou morrer longe da minha família? Mas minha filha conversou comigo, eu decidi vir e aí foi só graça”.

Francisco das Chagas Rodrigues, 51 anos também estava entre os pacientes que tiveram alta. Ele comentou que não teve medo de sair de Manaus, mesmo estando muito doente. “Simplesmente, eu queria de imediato um atendimento para que eu pudesse escapar da morte e lá eu não estava encontrando. Eu fui mais uma vítima da covid e sem ter um atendimento de que eu estava precisando com urgência”, disse.

Antes de ser transferido para João Pessoa, ele sofreu três paradas cardíacas e chegou a ficar dois dias em coma. “Aí foi quando apareceu a oportunidade para vir para a Paraíba e eu não pensei duas vezes. Falei para a minha esposa: pegue meus documentos que eu vou embora agora, porque eu sei que para lá eu vou conseguir um tratamento. Vou conseguir a medicação e o oxigênio que eu preciso”. A decisão se mostrou acertada. “Quero agradecer a todos do hospital pelo tratamento que recebemos aqui”.

Francisco das Chagas foi internado no HULW no dia 17 de janeiro. Para sua surpresa, logo depois recebeu como colega de enfermaria sua própria mulher, Letícia Nascimento, 31 anos. Ela veio a João Pessoa para ficar mais perto do marido e também foi diagnosticada com a covid-19. “Quero agradecer muito ao hospital. Do fundo do meu coração. Se não fosse por todos daqui, nem eu nem ele estaríamos vivos”.

Nova alta dos pacientes de Manaus. Crédito: Assessoria de Comunicação UFPB HU EBSERH

RECUPERAÇÃO – No momento, cinco pacientes permanecem no Hospital Universitário Lauro Wanderley, sendo três na enfermaria e dois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas há perspectiva de novas altas em breve. “A previsão para os pacientes que se encontram na enfermaria é que, em 48 horas, eles tenham possibilidade de alta para retornar a Manaus”, afirmou Pablo Antonio Vidal, chefe da Divisão Médica do HULW.

“Além da recuperação clínica, cuidamos muito bem da questão epidemiológica dos pacientes. A gente respeitou os 14 dias de isolamento, de quarentena, para eles não terem perigo de transmitir mais a doença”, comentou o médico Pablo Vidal, reforçando que não há risco de contaminação no voo comercial quando os pacientes que tiverem alta retornarem para suas casas.

Atenciosamente,

Angélica Lúcio
Assessoria de Comunicação

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