Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia descobriram quatro linhagens inéditas do vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus, causador da covid-19, que circulou no Brasil durante o pico da pandemia.
A investigação da equipe de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, liderada por Felipe Naveca, foi feita a partir de amostras do vírus retiradas de pacientes dos municípios de 18 municípios, a maioria colhida de pacientes que tiveram covid-19 entre abril e início de junho. A informação é do UOL.
As quatro novas linhagens do coronavírus são: B.1.107 – Dinamarca; B.1.111 – Colômbia; B.1.1.2 – Reino Unido; B.1.35 – Reino Unido, principalmente País de Gales.
Das 79 amostras analisadas, em 39 predominou a linhagem B.1 —mesmo tipo principal de Ceará e Minas Gerai (onde houve, na verdade, um empate de B.1. e B.1.33), segundo a reportagem do UOL.
Para Felipe Naveca, essa quantidade de linhagens confirma que o Amazonas teve múltiplas portas de entrada do vírus, algumas independentes do restante do país e que não foram descritas no Brasil, cuja a linhagem de maior prevalência é a B.1.1.33.
Versão mutante do coronavírus
Uma mutação do novo coronavírus tem sido monitorada pelos pesquisadores que temem pelo seu potencial de se espalhar mais facilmente. A variação foi descoberta em abril e, embora seja mais transmissível, parece ser menos perigosa.
De acordo com a CNN, os pesquisadores encontraram evidências de que a nova cepa se desenvolve melhor no nariz e no trato respiratório superior, o que seria facilitaria o espalhamento do vírus entre as pessoas.