Representantes do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, órgão que coordena os testes com a vacina chinesa CoronaVac em 9 mil voluntários no Brasil, levaram até a Anvisa e o Ministério da Saúde a proposta de liberação do imunizante para uso emergencial. A informação foi confirmada pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, à reportagem da CNN.
Covas explicou que o Ministério da Saúde precisaria definir uma política nacional de imunização, que deve priorizar o público mais exposto ao vírus e aqueles que sofrem de comorbidades ou têm mais de 60 anos.
A vacina já foi liberada emergencialmente na China, onde tem sido aplicada desde julho. Até agora, 24 mil chineses já foram imunizados com a CoronaVac e alguns deles relataram apenas efeitos colaterais leves, como dor no local da aplicação.
A vacina CoronaVac está na última fase de testes. No Brasil, os voluntários estão sendo acompanhados diariamente, e os resultados dessas análises são esperados para outubro.
Além do Brasil, o imunizante também está sendo testado na Argentina, Marrocos, Emirados Árabes Unidos e Peru.
A fabricante chinesa Sinovac começará a enviar as doses para o Brasil em outubro. Até o final deste ano, o Instituto Butantan receberá 15 milhões de doses.