COVID-19 e os cuidados para os portadores de doenças respiratórias.

Rodolfo Augusto Bacelar de Athayde - Médico Pneumologista pelo HCFMUSP. Médico do Sono pelo HCFMUSP. Pneumologista do Complexo Hospitalar Clementino Fraga. Preceptor das Residências de Clínica Médica e Internato em Clínica Médica do UNIPE e do Hospital Municipal Santa Isabel/SMS JP. Presidente da Associação Brasileira do Sono - Regional Paraíba.

A COVID-19, doença causada pelo SARS-Cov-2 (um novo coronavirus), é a responsável pela pandemia vivida hoje. É particularmente mais grave, portanto mais susceptível a quadros letais, em pacientes idosos e portadores de doenças crônicas (nestes independente da idade). Entre os listados estão indivíduos que vivem com doenças pulmonares, como asma (grave ou não controlada), DPOC (a bronquite ou enfisema causado pelo tabagismo ou outras fumaças irritantes dos pulmões), tuberculose, fibroses pulmonares e outras doenças pulmonares intersticiais. Também, os tabagistas tem maior risco, independente de terem doenças pulmonares desenvolvidas ou não.

Especialmente para esses indivíduos com problemas respiratórios, é vital prestar atenção às advertências de saúde pública sobre lavagem de mãos e o distanciamento social, nele incluído as medidas de isolamento social. Se você estiver nesse grupo de risco, fique atento a possíveis sintomas – febre elevada (geralmente acima de 38ºC), tosse (que pode ser seca ou com expectoração), dor ao respirar ou falta de ar. No caso dos sintomas respiratórios, pacientes com problemas pulmonares já apresentam essas queixas – logo é importante notar não só a possibilidade de um aparecimento, mas também piora a partir de uma linha de base, do que é o seu “normal”. É importante também criar uma linha de contato diário – seja mais comunicativo com seus familiares e cuidadores – fale com eles sobre seus sintomas, sobre como o quadro está evoluindo. Mantenha o seu medicamento de uso continuo e tenha cuidado para não ficar sem – essas medicações não devem ser interrompidas.

Também temos que lembrar a existência de outros vírus respiratórios, como a influenza – os idosos e aqueles com condições de saúde subjacentes também apresentam sintomas mais graves – por isso a importância da vacina. Esses pacientes devem se vacinar, evitando aglomerações. A epidemia é alarmante, a pandemia já causou a perda de milhares de vida. Mas o que cada um pode fazer hoje é a sua parte – seguir estas recomendações e ficar em casa!

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